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PERDIDOS

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“PERDIDOS” é uma montagem inspirada no universo de Plínio Marcos, que perpassa pela dramaturgia de Nelson Rodrigues e pela escola minimalista do absurdo. Esta montagem desperta no espectador questionamentos sobre a realidade que o cerca, uma realidade sem camuflagens, onde a necessidade de sobrevivência dita as regras do jogo. O que se tem no palco é o retrato do submundo da marginalidade, da exclusão social e da desvalorização dos sonhos individuais, sendo a esperança a todo instante crucificada. Não é errado dizer que “PERDIDOS” é uma peça de caráter social e poético.

São cinco personagens que duelam de forma desigual, movidos pela inveja, pelo desejo e pela ambição. São personagens que representam as camadas sociais em suas diferentes instâncias, desde o órfão criado sem pais e sem regras, ao delegado detentor do “poder” e da “verdade”. Consideramos um achado poético a criação da personagem “mãe de Tonho”, uma habitante do sertão nordestino, presente em sua lembrança nos momentos de maior dificuldade. Unidos, estes universos se mostram paralelos, e postos frente-a-frente se completam e simbolizam o tipo de mundo que construímos e ajudamos a manter, seja por atitudes descabidas, seja por mera apatia.

A trama começa com um homicídio, no escuro de um quarto de albergue. À luz, nada se revela tão claramente. Após matar Paco, Tonho é preso, e sob tortura tenta descrever, sob seu ponto de vista, os motivos que o levaram a cometer o furto e o assassinato. Cabe ao espectador montar as peças deste quebra-cabeça e tentar descobrir “a verdade”, mas não sem antes responder à seguinte questão: de quem é a culpa? Isto se ele for capaz de responder a uma outra: o que é a culpa?

Esta é uma obra dirigida numa ótica cinematográfica, contada em fragmentos, num depoimento onde o passado e o presente se confundem cabendo ao espectador desvendar a verdade...

Apesar da montagem estrear em circuito comercial em 2008, sua primeira versão data de 2003, e contou com orientação dos professores da UFBA Érico José e Ewald Hackler, e atuação de Bernardo Del´Rey, Luis de Oliveira e AC Costa.

TEXTO: PLÍNIO MARCOS

DIREÇÃO GERAL E ADAPTAÇÃO: NATAN DUARTE

ASSISTENTES: CRISTIANE ARAÚJO E EDUARDO NUNES

ELENCO: ALEC SARAMAGO, FERNANDO CAMPOS, IASMINE MENEZES, NATAN DUARTE E ZIZI MORENO

FIGURINO E MAQUIAGEM: DORI MIRANDA

FOTOS: ANTÔNIO FIGUEIREDO

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TEATRAIS

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